Nesse dia minha mãe estava comigo e graças a Deus eu estava só na enfermaria sem outros pacientes, pois a dor era tão grande que eu gritava, gritava tanto que minha mãe já não sabia o que fazer. Pedi para que naquele momento ela chamasse alguém, enfermeiro, técnico seja lá quem fosse pra tentar me medicar e amenizar a situação das dores.
A enfermeira de plantão medicou o tramal e dipirona de acordo com as devidas prescrições médicas, mas nem isso adiantou.
As dores continuavam e percebi que começava um inchaço nos pés diferentes, mandei chamar novamente a enfermeira que achou também estranha a situação.
Meu médico não apareceu pela manhã e já não aguentava esperar para saber sobre o processo da cirurgia além das benditas dores que não paravam, me lembro que nesse dia eu nem consegui me alimentar. A enfermeira então por sua vez realizou um procedimento necessário para quele momento. Como o meu pé estava engessado ela começou a retirar a tala. E como eu havia suposto minha perna estava começando a ficar inchada aparecendo algumas placas de sangue fora do normal. Graças a tecnologia em alta, fotos foram retiradas e enviadas para meu médico que em questão de minutos se fez presente.
Quando o vi dei graças a Deus finalmente seria esclarecida sobre a cirurgia. Ele solicitou para que a tala fosse retirada por total deixando apenas a cirurgia com o curativo. Naquele momento foi informado que durante o processo cirúrgico havia sido colocado duas placas e 16 parafusos (estava explicado o tamanho da dor). Fiquei pensativa por horas, após a retirada da placa parecia que o processo de circulação sanguínea começava a funcionar, as dores não amenizaram mas manchas de sangue já estavam bem mais fracas.
Dúvidas sobre a minha vida normal como pisar e andar também foram esclarecidas.
De acordo com as orientações médicas ficaria 4 meses sem pisar e de acordo com a calcificação óssea eu seria liberada para esse processo. Andar seria o meu novo desafio ainda não tinha previsão.
Meus pensamentos estavam a mil por horas, mas apesar de todas as minhas dores e angústias eu apenas orava, agradecia e pedia a Deus que me desse sabedoria para lhe dar com toda a situação que viria pela frente. A dependência, as dores, a disciplina, os cuidados enfim seriam cruciais para a minha melhoria e a paciência seria a minha melhor amiga daqui por diante.
Ainda permaneci no hospital por cerca de 4 dias após a cirurgia. No dia 18 recebi alta pela noite mas só pude sair no dia seguinte de sábado. Finalmente dia 19 meu esposo estava lá pra me buscar, estava saindo do hospital, recebi todas as orientações de tratamento em casa, meu pé estava bastante inchado e claro, as dores continuaram. Mas naquele momento graças a Deus já era hora de ir pra casa ver minha filha e estar perto da minha família, afinal de contas nada melhor do que estar perto de quem amamos :D
Foto retirada no segundo dia após a cirurgia - tíbia
Raio x da fratura
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