Então era hora de voltar pra casa, graças a Deus, mas também era hora de se adaptar as novas situações. Um delas era aprender a se locomover com as muletas e entender que agora eu dependia de algumas pessoas. A orientação médica foi manter a perna sempre elevada acima do quadril e se locomover o mínimo para que os inchaços diminuíssem, solicitou também que movimentasse meu pé até onde aguentasse para que assim ajudasse também na circulação, mas as dores eram tão intensas que eu mal conseguia mexer os dedos.
Nesse meio tempo tomei remédios para dores, antibióticos e umas injeções para evitar trombose que no total foram 10 seringas.
Sobre a higiene pessoal acho que essa é a mais complicada de todas para quem está com qualquer tipo de fratura. Como eu não tinha cadeira de banho, e nem adiantaria muito porque o banheiro não era tão grande assim, o jeito foi tomar banho sentada de início na próprio vaso sanitário, deixava a pia encher para tomar um banho com uma vasilha, isso durou por cerca de 1 mês precisamente, depois consegui me locomover até o box do banheiro de inicío com ajuda mas consegui, não tinha outro jeito.
A partir desses pequenos detalhes como tomar um banho em pé percebi o quanto precisamos entender que é importante dar valor pelo que somos e pelo que temos sem reclamar.